Wednesday, September 13, 2006,10:49 PM
Festeira, eu???????? Nahhhhhhhh, so um pouquinho!
Sao momentos como os de domingo que me farao lembrar dessa minha fase aqui em Atlanta e sentir uma saudade imensa!

Domingao, dia de baladinha sussa, certo? Errado! Depois de um final de semana suuuuuuuuuuuuuper festeiro, eu, a Bada e a Pati decidimos pegar um cineminha. Alias, recomendo a todos assistirem ao Ilusionista. Mto bom!

Enfim, saimos do filme e fomos para o neighbors, um bar aberto onde eu iria encontrar com o Greg. O lugar estava vazio, mas claro que ao chegar meu olhar clinico detectou dois meninos super gatinhos e eu fiz o seguinte comentario: "meninas, vamos sentar perto deles, assim vcs podem paquerar. Eles sao super gatos!". Segundos depois um deles pergunta: "voces sao brasilieiras?" Quem me conhece sabe que a noite nao podia passar sem eu dar um fora basico, ne?

Mas ate que a minha boca grande deu um empurraozinho e as meninas sentaram com eles. La pela meia noite, quando fomos expulsos do bar, a Pati sugeriu que todos viessem pro meu AP e da Bada, afinal estavam todos no maior clima festeiro.

La vamos todos para o supermercado, abastecer o estoque de cerveja e smirnoff ice pra mim. Ao chegar em casa, um sambinha basico e a festa estava formada. O que era para durar apensas umas horinhas se extendeu ate 6:45 da manha, quando a ultima boemia (eu) foi pra cama. O detalhe eh que eu tinha que acordar as 7 da manha. hahahah. Mas num gesto muito bem calculado, passei a mao no telefone e disse que estava doente. Realmente eu acordei as 7, mas da noite!

Sao essas extravagancias de vez em quando que fazem a diferenca. Ah, como diria um super amigo: I love myself!
 
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Friday, September 08, 2006,10:02 PM
Mudanca de habito!
Kkkkkkkk. Mesmo sem perceber, ja estou me deixando levar pela cultura americana. Eh engracado, mas a gente muda mesmo... logo que chegamos aqui, eu e as meninas estranhavamos o fato de os americanos nao ficarem no primeiro encontro, pegarem seu telefone e ligarem so depois de uns tres, quatro dias, e por ai vai.

Hoje de manha eu e a Ba estavamos contando os desenrolares da noite anterior, ja que cada uma de nos fez uma coisa diferente. De repente, o carinha que ela beijou liga pra ela e eu solto um: "puta, que mala! Ja ligando no dia seguinte!".

Agora a noite, enquanto eu e a Ba comecamos o aquecimento da Sexta-feira, estavamos jogando conversa fora e como sempre dando muita risada, quando ela me fala que o cara ligou novamente:
Renata: "meu, nao te falei que ele era mala?"
Barbara: " Pois eh. Deus me livre, nao quero ninguem pegando no meu pe nao"
Renata: "mandar uma msg no celular ainda vai, mas ligar?"
Barbara: "pois eh, onde ja se viu ligar no dia seguinte?"

Um segundo depois as duas comecam a rachar o bico, porque lembramos que ate pouco tempo atras achariamos isso totalmente normal. KKKK. Daqui a pouco terei que passar por uma re-readaptacao!!!!!!
 
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Tuesday, September 05, 2006,11:05 PM
Garoa? Manda logo um temporal!
Tem dia que por mais que a gente tente se animar, parece que nada adianta. Hoje esta sendo assim. Puta desanimo em pensar que problemas virao pelo resto da vida. E pra ajudar ainda estou com dor de garganta. Nao podia ser mais simples? Parece que minha cabeca vai explodir de tanto pensar em solucoes, esperar por respostas que nao vem, depender de um milhao de fatores para cada decisao que eu tomo. Ja devia estar acostumada, afinal, desde que cheguei aqui tem sido assim: decidir se ficava mais um ano, se ficava como aupair ou se arriscava pegar um visto de turista (mas e se negassem?), se morava sozinha com com alguma familia, se pedia uma nova extensao (e se saisse uma resposta negativa la por setembro e perdesse o semestre na USP). Arrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrg. Bom, felizmente tudo correu da melhor maneira, sempre. Espero que continue assim e que amanha eu acorde melhor...
 
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Sunday, September 03, 2006,1:29 AM
Closer relationships
Hoje, pela milesima vez, assisti ao filme Closer. Nao sei bem o porque, mas ele me fascina. Talvez porque ilustre perfeitamente a complexidade dos relacionamentos, o desgaste que a um certo ponto nao permite mais retorno. Eh como se estivessemos numa corda bamba, sempre testando limites, mas uma vez que eles sao ultrapassados, ou melhor, violados, nao ha mais volta e resta apenas o amargo desejo de que voce nunca tivesse entrado nessa roleta russa.

Surge entao aquele classico momento em que, durante um termino, um dos dois tenta desesperadamente usar toda a argumentacao possivel pra fazer o outro mudar de ideia, dar uma nova chance. Mas essa chance ja foi repetida de tal forma a enfraquecer os sentimentos, a fazer com que tudo aquilo ja nao valha mais a pena. E para quem fica, a sensacao de impotencia eh devastadora. Eh como se o poder de decisao sobre a nossa vida, a nossa felicidade estivesse sendo arrancado e depositado nas maos de alguem que se recusa a ouvir, a entender.

Mas a cena mais angustiante eh aquela em que a Julia Roberts apaga a luz, vira para o lado e tenta dormir ao lado do marido. Apesar de nao haver dialogo, ela tem tanta forca que consigo enxergar ela pensando no Dan (Jude Law), sentindo o peso de ter optado pelo caminho mais comodo, de nao ter arriscado, de ter perdido a chance e recebido como premio de consolacao uma vida morna, calma, sem o impulso trazido por sentimentos extremos.

Isso me remete ao livro "The age of Innocence", que li ha umas duas semanas. Eles fizeram ate um filme, ha uns 10 anos, com a Michelle Pfeiffer. A historia eh basicamente de duas pessoas que se amam intensamente, mas o homem esta prestes a casar. Os dois passam a vida toda desperdicando as oportunidades que a vida tras, pois tem medo de tormar um rumo desconhecido, perigoso. Quando o cara, ja sufocado pela mesmice da sua vida, decide jogar tudo pro algo e arriscar, uma serie de circunstancias impossibilita essa atitude e ele se ve condenado a passar o resto dos anos como mero espectador de sua propria vida. Ja velhos, os dois tem novamente a chance de se reencontrar, mas ele simplesmente evita a ocasiao, consciente de que a oportunidade ja havia sido perdida ha muito tempo.

Eu li isso em algum lugar e ilustra um pouco da minha ideia de amor. "ANYTHING LESS THAN A MAD, PASSIONATE LOVE IS A WASTE OF TIME. MANY THINGS IN THIS WORLD ARE MEDIOCRE. LOVE SHOULDN'T BE ONE OF THEM.
 
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Friday, September 01, 2006,1:38 PM
Quem vive de passado eh museu. Mas ate que nao eh tao ruim assim se for um Louvre!
Acho que devia ter por volta de 15 anos quando um japones vendedor de plantas me disse que eu vivia muito do futuro e do passado e que eu deveria me concentrar mais no presente. Naquele dia vi que a observacao fazia sentido. Hoje, mais do que isso, dou a ele toda a razao.

Ja faz quase dois anos que estou aqui e ainda me lembro de todos os momentos que antecederam minha partida, meus primeiros dias aqui e todas as mudancas e sentimentos que floriram em tao larga escala na minha vida durante esse curto periodo.

Durante as 9 horas de voo para ca, nao conseguia nem pensar nas pessoas que havia deixado pra tras, pois doia a ideia de nao ve-los por um ano, tempo que entao parecia uma eternidade. A saudade corroia, principalmente nos dois primeiros meses, mas depois fui fazendo amigos, curtindo as novas experiencias e conhecimentos que essas grandes ferias da minha vida real me traziam. Vivi cada momento e cada emocao intensamente. Eh engracado, mas parece que aqui tudo o que passei, tudo o que senti tinha uma dimensao muito maior do que no Brasil. Talvez por saber que era uma fase da minha vida com data certa para acabar, tinha uma gana de aproveitar o maximo possivel. E aqui estou eu, a tres meses de voltar, e com a sencacao de que vivi pelo menos uns 5 anos em dois, dada a rapidez com que tudo passou e a quantidade de coisas que vivenciei.

Tudo isso me fez finalmente perceber o quanto a vida eh curta e as consequencias disso sao maravilhosas: surgiu em mim uma necessidade de aproveitar o momento, ser menos responsavel e mais brincalhona, seguir meus impulsos, intuicoes, aproveitar as chances que a vida me da, por mais loucas e arriscadas que elas possam parecer. Claro que nao mudei radicalmente como gostaria, pois como escrevi no post anterior, isso nunca acontece. Mas fico feliz em saber que essa aresta tambem ja esta sendo aparada.

Ainda penso muito no futuro, fazendo planos que talvez nao se realizarao ou terao que ser remodulados, e, principalmente, no passado. Mas acredito que nao ha como fugir disso. Afinal, a beleza do presente esta justamente nessa fluidez que torna impossivel o seu aprisionamento. Eh tao curto comparado com a imensidao do passado e do futuro...

Entao ainda continuo uma pessoa meio museu, sempre visitando o que ja se foi. Mas hoje vejo que isso nao eh tao ruim. Apenas mostra que quando tive a chance, vivi meu presente com maestria, colecionando momentos que tornam o meu passado quase um louvre. So nao digo que ele eh replica exata do famoso patrimonio frances porque o meu eh muito composto de pequenas obras, que aos olhos de muitos podem ate parecer insignificantes. Mas no conjunto, formam recordacoes tao boas, que o ato de relembrar se torna extremamente prazeroso.

Ja estou com saudades daqui, de tudo o que vivi, de todos os que passaram e daqueles que ficarao para sempre na minha vida.

Ja sinto falta de:
-passar horas com a Ba, a Cris e a Melissa no telefone;
- ir para o starbucks durante os dias de frio, tomar um frapuccino e ler um bom livro, ou passar horas conversando com as meninas;
-buscar a Ba no lexus do meu host, escutando Jack Johnson;
- ir a lugares que nao eram a minha cara, mas que se tornavam agradaveis pelo fato de estar com a pessoa que amava;
-da intensidade de tudo o que vivi com o Nathan, apesar de perceber que termos terminado foi, no final das contas, uma decisao super acertada;
-do meu quarto na casa dos meus hosts;
-das manhas cinzas e frias do inverno;
-das minhas viagens;
- de todos que passaram na minha vida, mesmo que por um curto perido
- do bazzar
- de tomar porres com a Ba
- de me matar de rir com ela, por tudo e qualquer coisa
- das criancas, principalmente do Jack e da Mary Preston
- de fazer super compras na Filines
- da primeira e segunda fases da brotherhood
- passar o dia todo na cama`lendo o New York Times
- dancar hip hop como as americanas e se matar de rir
- e muito, muito mais.
 
posted by Renata
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